terça-feira, 10 de julho de 2012

Mudança de rota.

Depois de um bom tempo sem postar, eis que euzinha Helen, venho fazer temporariamente desse espaço, um lugar de troca de experiências. Venho postar minha saga em prol da compra de um carro com adaptações para deficiente físico e pessoas com limitações de movimento. Hoje começo dizendo que o início disso tudo se deu durante o processo de renovação da minha CNH em meados de agosto de 2011. Não fui considerada apta a renovar a CNH. Isso de início muito me assustou. Pensei que não poderia mais dirigir. Fui encaminhada para uma junta médica da clínica do DETRAN. Precisei pagar boleto pra marcar o exame com a junta médica, além do que ja havia pago das taxas de renovação. O processo se prolonga ate hoje, não por ele em si, mas por mim que a cada passo, dava uma parada por preguiça, comodismo, falta de tempo, entre outros motivos. Ao que ja percebi, é tudo muito burocrático. Sim, tudo muito explicado, justificado, reconhecido e autenticado em cartório. No próximo post falarei sobre o que aconteceu na junta médica e o que dizia o laudo final. Até mais... Ah, entre um post e outro sobre esse assunto, eu e Suzy vamos voltar a postar coisas legais =)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011



‎"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos"

(Praticando o desapego - Fernando Pessoa)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Votos de Submissão


Caso você queira posso passar seu terno,
aquele que você não usa por estar amarrotado.
Costuro as suas meias para o longo inverno...
Use capa de chuva, não quero ter você molhado.
Se de noite fizer aquele tão esperado frio
poderei cobrir-lhe com o meu corpo inteiro.
E verás como a minha pele de algodão macio,
agora quente, será fresca quando for janeiro.

Nos meses de outono eu varro sua varanda,
para deitarmos debaixo de todos os planetas.
O meu cheiro te acolherá com toques de lavanda
- Em mim há outras mulheres e algumas ninfetas
-Depois plantarei para ti margaridas da primavera
e aí no meu corpo somente você e leves vestidos,
para serem tirados pelo seu total desejo de quimera.
- Os meus desejos, irei ver nos seus olhos refletidos.

- Mas quando for a hora de me calar e ir embora
sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola,
mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim.

(Nem vou deixar – mesmo querendo – nenhuma fotografia.
Só o frio, os planetas, as ninfetas e toda minha poesia.)


Fernanda Young

domingo, 14 de novembro de 2010

Mulher Perdigueira


Recomendamos: Fabrício Carpinejar!


Meus amigos reclamam quando suas namoradas o perseguem. Lamentam o barraco do ciúme, a insistência dos telefonemas para falarem praticamente nada, o cerceamento dos horários.

Sempre as mesmas tramas de tolhimento da liberdade, que todos concordam e soltam gargalhadas buscando um refúgio para respirar.

Eu me faço de surdo.

Fico com vontade de pedir emprestada a chave da prisão para passar o domingo. Acho o controle comovente. Invejável.

Não sou favorável à indiferença, à independência, ao casamento sartreano. Fui criado para fazer um puxadinho, agregar família, reunir dissidentes, explodir em verdades. Duas casas diferentes já é viagem, não me serve.

Aspiro ao casamento pirandelliano, um à procura permanente do outro. Sou um totalitário na paixão. Um tirano. Um ditador. Não me dê poder que escravizo. Não me dê espaço que cultivo. Não me eleja democraticamente que mudo a constituição e emendo os mandatos.

Quero uma mulher perdigueira, possessiva, que me ligue a cada quinze minutos para contar de uma ideia ou de uma nova invenção para salvar as finanças, quero uma mulher que ame meus amigos e odeie qualquer amiga que se aproxime. Que arda de ciúme imaginário para prevenir o que nem aconteceu. Que seja escandalosa na briga e me amaldiçoe se abandoná-la. Que faça trabalhos em terreiro para me assustar e me banhe de noite com o sal grosso de sua nudez. Que feche meu corpo quando sair de casa, que descosture meu corpo quando voltar. Que brigue pelo meu excesso de compromissos, que me fale barbaridades sob pressão e ternuras delicadíssimas ao despertar. Que peça desculpa depois do desespero e me beije chorando.

A mulher que ninguém quer, eu quero. Contraditória, incoerente, descabida. Que me envergonhe para respeitá-la. Que me reconheça para nos fortalecer.

A mulher que não sabe amar recuando e não tolera que eu ame atrasado. Que parcele em dez vezes seu dia, que não pague a conversa à vista na hora do jantar, que não junte suas notícias para contar de noite como um relatório. Admiro os bocados, as porções, as ninharias. Alegria pequena e preciosa de respirar rente ao seu nariz e definir com que roupa vou ao serviço.

O amor é uma comissão de inquérito, é abrir as contas, é grampear o telefone, é cheirar as camisas. É também o perdão, não conseguir dormir sem fazer as pazes.

O amor é cobrança, dor-de-cotovelo, não aceitar uma vida pela metade, não confundi-la com segurança. Exigir mais vontade quando ela se ofereceu inteira. Enlouquecê-la para pentear seus cabelos antes do vento. Enervá-la para que diga que não a entende. E entender menos e precisar mais.

Quem aspira ao conforto que se conserve solteiro. Eu me entrego para dependência. Não há nada mais agradável do que misturar os defeitos com as virtudes e perder as contas na partilha.

Não há nada mais valioso do que trabalhar integralmente para uma história. Não raciocinar outra coisa senão cortejá-la: avisá-la para espiar a lua cheia, recordar do varal quando começa a chover, decorar uma música para surpreendê-la, sublinhar uma frase para guardá-la.

Sou doido, mas doido varrido. Bem limpo. Aprendi a usar furadeira e agora entro fácil em parafuso. Quero uma mulher imatura, que possa adoecer e se recuperar do meu lado. Uma mulher que me provoque quando não estou a fim. Que dance em minhas costas para me reconciliar com o passado. Que me acalme quando estou no fim do filtro. Que me emagreça de ofensas.

Não me interessa um tempo comigo quando posso dividir a eternidade com alguém.

Quero uma mulher que esqueça o nome de seu pai e de sua mãe para nascer em meus olhos. Em todo momento. A toda hora. Incansavelmente. E que eu esteja apaixonado para nunca desmerecê-la, que esteja apaixonado para não diminuí-la aos amigos.

Doidas e Santas


Pedindo desculpas pela ausência, tentando nos redimir por meio desta preciosidade de Martha Medeiros (da qual somos fãs assumidas.)


Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa.
" São versos de Adélia Prado, retirados do poema "A serenata".
Ele narra a inquietude de uma mulher que imagina que mais cedo ou mais tarde um homem virá arrebatá-la,
logo ela que está envelhecendo e está tomada pela indecisão
– não sabe como receber um novo amor não dispondo mais de juventude.
E encerra: "De que modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa?"
Adélia é uma poeta danada de boa.
E perspicaz.
Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma estando em plena meia-idade,
depois de já ter trilhado uma longa estrada,
onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente?
Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões
– e a gente sabe como as desilusões devastam - ,
terá que ser meio doida.
Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção.
Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso?
Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa.
Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe???
Nem ela caríssimos, nem ela.
Existe mulher cansada, que é outra coisa.
Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou.
Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade.
Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres.
Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais.
Santa, mesmo, só Nossa Senhora, mas, cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou?
(Não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do.)
Toda mulher é doida. Impossível não ser.
A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor,
a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar the big one,
aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais.
Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo?
Mas além disso temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas,
ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca,
pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp,
ou então virar louca e cafetina, ou sei lá, diga aí uma fantasia secreta,
sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca.
Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações:
exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante.
Pois então. Também é louca. E fascina a todos.
Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora.
E santa, fica combinado, não existe.
Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada?
Você vai concordar comigo: só se for louca de pedra.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dia dos Solteiros


Quem inventou esse tal Dia dos Namorados não teve a menor compaixão com o resto da humanidade: nós, solteiros inconsoláveis. Só podia estar perdidamente apaixonado ou falido. Algo assim como um comerciante à beira do colapso que foi chutado pela companheira e, para reafirmar seu amor e competência financeira, juntou o útil ao rentável. Dedicou uma data à ex, enfeitou a vitrine de cima a baixo com artigos românticos, cartazes colossais, deu desconto para os fregueses, e taí: comovida com o empenho do sujeito, a clientela aderiu, a concorrência copiou, a mídia comprou a idéia, a ex-mulher se arrependeu, e o final feliz se estendeu indefinidamente até os dias de hoje, quando os dois pombinhos celebram a data e os celibatários a exorcizam.
É impossível não ficar deprimido em épocas festivas super restringentes como esta. A gente é bombardeada com convites para festas, jantares, promoções, tudo perfeito para dois, mas somos um só, um apenas, somente um: não podemos participar. É como ir a um baile à fantasia desavisado, onde todo mundo está pulando e se divertindo de pierrô e colombina, e você ali, metida num terninho feito um dois de paus, sorrindo amarelo. Tudo bem, a gente tira de letra, diz que está fazendo um estilo executiva, que não se importa, entra na dança como se nada estivesse acontecendo. Mas no fundo, lá no fundinho, sabe que não faz parte do todo, não é fatia do bolo, não pertence ao grupo. Procura um executivo-padrão pelo salão e tudo o que encontra são os confetes espalhados da alegria alheia.
Acho linda a decoração das lojas no mês de junho. Ramalhetes de rosas em forma de coração, ursinhos de pelúcia dizendo "te amo", bom-bons embrulhados em celofanes vibrantes, muito vermelho vivo, a cor da paixão. Acho lindo casais de namorados passeando de mãos dadas pelo shopping, se abraçando de vez em quando, parando para ver um produto aqui, outro acolá, apontando um possível presente, uma lingerie, um relógio, um blusão e, em troca, ganhando sorrisinhos, elogios. Acho lindo, nos restaurantes, dedos entrelaçados, olhares hipnotizados e taças de vinhos aquecendo amores. Música lenta, beijos soltos no ar, suspiros, pirilampos, acho tudo, tudo lindo. E é isso que me deprime.
Nos Estados Unidos, o golpe é mais ameno. No "Valentine's Day" do país mais capitalista do mundo e, neste específico caso, mais democrático, você pode presentear quem quiser, não precisa estar enamorado. É uma data para demonstrar carinho pelo vizinho, pela avó, pela professora, pela mãe, e vá lá, pelo seu chuchucão. Isto significa que, absolutamente todo mundo, do seu cachorro ao padeiro da esquina, pode ser contemplado com a sua gentil lembrança, seu amor eterno, seu dengo. Infalivelmente, alguém vai lhe retribuir, nem que seja com um cartão espalhafatoso com uma daquelas piadas cujo humor americano você não acha a menor graça, mas ri. E rir é um excelente antidepressivo.
Comerciantes brasileiros, que tal lançarem um dia para nós, descasados? Vocês iriam lucrar duplamente! Eu, por exemplo, se não ganhasse um agrado de ninguém, me autopresentearia. Porque me basto como amiga, agora me namorar, já é mais difícil - há certas coisas que a gente quebra o galho sozinha, mas a dois é muito mais emocionante. Prometo mandar lembrancinhas para a minha família no sul, para o boy lá da empresa, coitado, que por ser terceirizado sempre fica de fora dos brindes de fim de ano, para o simpático cara da banca de jornal, para várias pessoas, porque graças a Deus, se a fidelidade é uma virtude da monogamia, a multirelação é bem-vinda numa amizade. Seria quase um segundo Natal! Eu não tenho namorado e reivindico um Dia dos Solteiros. Aliás, se me permitem, como autora da idéia, sugiro o dia 11 de junho. E quero de presente, um namorado.


Este texto super bacana é da Ana Kessler.

quarta-feira, 19 de maio de 2010


Ainda postanto textos alheios. Esses versos são da Adélia Prado.


AMOR FEINHO

"Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho."

quarta-feira, 28 de abril de 2010

RETRATO DE UMA MULHER MODERNA





Quem não dá assistência, abre concorrência.

Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc.
Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais: "corneado". Saiba de uma coisa... Esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça ou, então, assumir seu "chifre" em alto e bom som.
Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.
Mas o que seria uma "mulher moderna"?
A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...
É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...
É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...
Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior:
VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", a menos que:
- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam. Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... bem...
- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam em - e querem - fazer sexo todos os dias (pasmem, mas é a pura verdade)... bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você...só que o prato principal, bem...dessa vez é a SUA mulher.
Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.
- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar pro lado e simplesmente dormir.
- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas... Senão...
Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".
Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso.
Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!

Arnaldo Jabor

terça-feira, 27 de abril de 2010

Estudo muito sábio

Ainda sem tempo pra escrever, mas com tempo pelo menos pra postar.
Divirtam-se!






Foi provado, após acompanhamento de vários casos, que toda mulher precisa de dois homens: um em casa e outro fora de casa.
Para entender, é muito simples:

1. O marido cuida da parte financeira, paga as contas dos filhos, da esposa e da casa.
2. O outro cuida de você.
3. O marido fala dos problemas, das contas a pagar, das dificuldades do dia.
4. O outro fala da saudade que sentiu de você durante a sua ausência.
5. O marido compra uma roupa nova para ir a um compromisso de trabalho.
6. O outro tira essa mesma roupa só pra você.
7. O marido dorme com aquela camiseta velha e de cueca as vezes até de meia.
8. O outro dorme completamente nu, abraçadinho a você.
9. O marido reclama das coisas que tem que consertar em casa.
10. O outro te recebe no apartamento onde tudo funciona perfeitamente.
11. O marido telefona pra casa e fica perguntando o que tem que comprar no supermercado, padaria e etc.
12.. O outro telefona só pra dizer que comprou um champagne que você vai adorar.
13. O marido reclama do chefe, do trabalho, do cansaço de acordar cedo.
14. O outro reclama a sua ausência e os dias que fica sem te ver.
15. Ah...esqueci o imprescindível.... o outro nunca vai tomar cerveja com os amigos numa sexta-feira!! - ele estará com você enquanto o corno esta enchendo a cara com um monte de macho do lado.

Bem, você vai me perguntar :
- Por que não trocar o marido pelo amante?
Pelo simples fato de que o amante se for viver com você, passará para o papel de marido e logo, logo, você precisará arrumar outro.

quarta-feira, 24 de março de 2010


Por falta de tempo não temos conseguido escrever.
Acabamos dando prioridade pra outras coisas, até mesmo pra leitura e a escrita está ficando de lado. Mas isso é passageiro. Isso está servindo pra acumular inspiração e em breve voltaremos com textos nossos.
Enquanto isso, leiam esse de Luly Mendonça.
Cheiros a quem é de cheiro,
Abraços a quem é de abraço,
Beijos a quem é de beijo.




Bem aos dentes - Luly Mendonça

Quando eu era pequena tinha uma mania nojenta, apesar de saber que eu não era única no mundo adepta do hábito: guardava meus chicletes mastigados na geladeira. Na verdade, começou porque a ironia da vida fazia minha avó me chamar pra almoçar bem na hora que eu tinha começado a mascar o chiclete. Poxa, como eu ia jogar fora o chiclete seminovo? Não tinha coragem de desperdiçá-lo, e sem ela saber, colocava a meleca mastigada escondidinha no congelador pra continuar meu prazer após a refeição. Depois de um tempo, virou hábito. Ainda que eu estivesse há 20 minutos com o chiclete sendo jogado de um lado pro outro na boca, sem sabor, eu tacava a goma na geladeira. Não sem antes dar uma melecada generosa no pote de açúcar. O fato é que depois de um tempo, percebi que isso não adiantava muito não. O gosto doce acabava em questão de poucos minutos. Segundos, às vezes.
Durante muito tempo guardei amores na geladeira. Achava que se os colocasse lá no congelador, poderia recuperar o tal açúcar que faltava. Mastiguei demais o amor, joguei-o de um lado pro outro, céu da boca, por debaixo da língua até enjoar, tentei cuspi-lo, mas era bom tê-lo ali. Um dia decidi tirar da boca e deixar na geladeira por um mês. Quando retirei, lá estava: doce como antes. Talvez não exatamente o mesmo gosto de quando abri o pacote, mas dava pra sentir o açúcar. Só que, como todo chiclete mastigado, ele perdia o gosto rapidamente. E voltávamos ao mastigar insípido.
O problema é que sempre fui viciada em chicletes. E não aceitava jogá-lo fora assim, tão rápido, por qualquer coisa. Insistia em recuperar o sabor. Também nunca consegui comer vários chicletes ao mesmo tempo, ficar de boca cheia. Depois da primeira decepção da minha vida, decidi que não dava mais pra pôr nada no freezer. Às vezes, as coisas estragam mesmo e é melhor não ir contra o ritmo natural das coisas. A porrada me fez perder a pena de depositar o chiclete sem gosto no lixo. Na verdade, fui perdendo a paciência de esperar o gosto voltar no congelador, e já tinha aprendido que quase nunca volta como antes, além de acabar rápido demais. Joguei muito chiclete fora também, ainda doce, porque o gosto me enjoava. Criei algumas cáries. Depois aprendi a identificar o sabor que combinava com meu paladar, antes de abrir o pacote. O que é difícil. Experimentar é bom. Minha mãe sempre disse que muito doce faz mal. Mas, a gente nunca ouve. Acho que o problema é que me acostumei a estar sempre mascando. E quando via, lá estava eu desbravando um novo sabor de goma. Outra coisa que tive que aprender: doce tem hora.
Pra conseguir obedecer minha mãe e minha avó, levei muito castigo e palmada. Mas, assim aprendi que é bom pra gente maneirar na guloseima. Faz bem pra saúde e pros dentes. Não sabia mais viver sem amor, sem a sensação de estar apaixonada, e mesmo que algo me dissesse que aquilo era mais uma relação avassaladora e fugaz, eu me entregava como se fosse o último amor da minha vida. Um dia, precisei ficar só, recusei os doces. E quando isso aconteceu, descobri um novo tipo de paixão: por mim. Mamãe tinha razão. Fez bem à saúde e aos dentes. Aprender a ter-me como grande companhia, e não mais depositar felicidade ou dependência em ninguém que não seja em mim é a verdadeira autosuficiência.
Continuo mascando chiclete. Adoro. Mas tenho um sabor preferido, que demorei a encontrar. Também não masco à toa, principalmente antes de refeições. Aboli a técnica do congelador. Pra mim é tudo ou nada. Mastigo com cuidado, pra fazer o sabor esticar se valer a pena. Até porque, sabe-se desde criança: chiclete não foi feito para ser engolido. Que seja doce, enquanto dure.

domingo, 14 de março de 2010

Relato de uma depilação feminina de sua virilha e adjacências. Autor desconhecido.



RECEBI ESSE EMAIL DOMINGO PASSADO. NÃO TENHO NEM IDEIA DE QUEM ESCREVEU. MAS É ÓTIMO.
NO PRIMEIRO PARÁGRAFO EU JÁ ESTAVA RINDO.
CHEGUEI NO FINAL DO TEXTO QUASE TENDO UM PIRE PAQUE DE TANTO RIR...
É ISSO AÍ...
DIVIRTAM-SE (MENINOS)
E LAMENTEM (MENINAS)!
KKKKKK...

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.


- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada? Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às… Deixa eu ver…13h?
- Ok. Marcado.


Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique.
Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.


Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.


- Querida, pode deitar.


Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.


- Quer bem cavada?
- é… é, isso.


Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.


- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.


Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).


- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?


Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.
Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.


Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.


- Tudo ótimo. E você?


Ela riu de novo como quem pensa “que garota estranha”. Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.


O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.


- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.


Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.


- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.


Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.


- Olha, tá ficando linda essa depilação.


- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto. Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. “Me leva daqui, Deus, me teletransporta”. Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.


- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?


- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.


Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.


- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.


Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.


- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.


Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via.Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:


- Tudo bem, Pê?
- Sim… sonhei de novo com o cu de uma cliente.


Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?


Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.


- Vira agora do outro lado.


Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.


- Penélope, empresta um chumaço de algodão?


Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?


Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.


- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda…
- Baixa a calcinha, por favor.


Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.


- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.


Namorar…namorar… eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas.Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

domingo, 7 de março de 2010


(recebi por email)

Homens chamam mulheres para sair e não sabem o estresse que isso gera em nossas vidas. Saibam , rapazes, o que se passa nos bastidores...

Ele te chama para jantar. Você sorri: 'Claro, vamos sim'. Inferno na Terra. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar no que fazer para estar impecável até lá; cancela até seus compromissos. Começa a odisséia...

Você pára de comer, claro. Tem que estar magra no dia do jantar e mulher sempre está gorda. Começa a dieta do queijo: ficar sem comer nada o dia inteiro e, quando sente que vai desmaiar, come uma fatia de queijo.

Fazer pé e mão. Homens perguntam: 'Por quê pé? Ela pode usar sapatos fechados?'. Lei de Murphy: Sempre dá merda...

Um infeliz me levou num restaurante japonês. Tirei o sapato para sentar nos tatames. Tomei no c_ bonito! Mostrei meu esmalte semi-descascado...
Tem que fazer pé e mão, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino. OBS: Isso me entristece. Horas de academia e o cara tem tara na porra do pé...

Hidratação, escova, chapinha, tintura, retoque de raiz, etc.
Aí tem a depilação: perna, axila, virilha, sobrancelha, etc. Puta que pariu...
lá se vai mais uma hora (DOLORIDA) do seu dia.

Chegou o grande dia! Cedo tem a passadinha na academia para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão.

O Zé Arruela não diz aonde vai levar a gente... Dilema: 'Será que estou bem vestida?...' Se te serve de consolo, ele não vai perceber!

Aliás, ele não vai perceber quase NADA. Você pode aparecer de Chanel ou enrolada em um pano qualquer. Eles não reparam em detalhes. Bom , pelo menos sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê).

Depois de passar rímel, a babaca fica separando cílio por cílio com palito de dente pra ficar com um olhar mais bonito...

Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. Sério! Ontem o corpo estava lindo, e hoje... PORCA! Juro que acontece. Você compra uma roupa para um evento. Na loja fica linda, mas na hora de sair fica um c_.

Se for um desses dias em que seu corpo está um c_ e o espelho de sacanagem com sua cara, você acaba com uma pilha de roupas em cima da cama, chorando e gritando: 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA'. Aí tem que refazer a maquiagem.

E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar, a calça perfura o pâncreas.

Lingerie feminina ou é bonita, ou é confortável. Você quer usar sua calcinha de
algodão, surradinha e confortável, mas totalmente anti-tesônica... Pensa: 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foooda'. 'Mas e se, mesmo sem dar para ele, eu subir uma escada e ele acabar vendo a minha calcinha...Broxará para todo o sempre comigo...'.

Puta da vida, você tira sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que vão ficar entrando na sua bunda a noite toda...

Você decide usar o sapato assassino. Lei de Murphy de novo... No meio da noite o animal solta um 'Sei que você adora dançar, vamos dançar! Ao dançar, você tenta fazer parecer que as lágrimas são de emoção.

Uma vez um sapato me machucou tanto, que fiz um bilhete e colei nele, para lembrar de nunca mais usar!.
Pergunta masculina: Por quê você não deu o sapato?????
Fala sério... custou caro pra cacete! Vou guardar. Eu sei, eu sei, materialista até a raiz do cabelo!
Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito cocô para ver se evoluo espiritualmente! Erc! Mas por hora, o sapato fica!

Pronto! Você tá linda, apenas lutando mentalmente com o dilema 'Será que dou para ele? É o terceiro encontro, talvez eu deva dar... Começa a bater a ansiedade. Liga para a melhor amiga e diz que não quer mais ir, que saír com homens é muito estressante e que quer voltar tartaruga na próxima encarnação.
Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta te acalmar.

Agora imaginem se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro? 'Surgiu um imprevisto, podemos remarcar?'.
Gente, eu fico PUTA com isso! Não, não podemos remarcar!!! Tá louco?! A essas
alturas, a dieta radical do queijo já faz com que você enxergue tudo turvo..


Eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro
deles, lindas desse jeito. Se liga aí, meu! Vem me buscar de maca, cadeira de
rodas, no soro, mas NUNCA desmarque com uma mulher. Só em caso de morte de pai ou mãe por AVC no trânsito. Mas isso foi só um pesadelo paranóico. Ele liga e diz que está chegando. Você se perfuma, escova os dentes, entra no carro e ele sequer olha sua roupa. Não repara em NADA, nadinha... Acha que você é assim ao natural e só diz: 'Hummm, tá cheirosa'!


Pior é quando ele tira sua calça junto com a calcinha e nem vê. Pois é, minha
Amiga, você passou a noite toda com a rendinha atochada no rego (que por sinal custou muito caro) para nada...
Homens, uma calcinha de marca custa o mesmo que um MP4!!
Favor tirar sem rasgar!!!

No meio da noite, já não sinto os dedos do pé, é o princípio de gangrena em função do sapato bico fino. Ele conta piadas e ri . Eu também estaria rindo se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando o colo do meu útero'..

Sinto meu estômago fagocitando meu fígado, mas só belisco a comida de leve, constrangida dele achar que eu como muito.

Para finalizar, veja quanto custa esse jantarzinho para nós, mulheres:

Roupa............... ......... ......... ......R$ 200,00
Lingerie..... ......... ......... ......... .....R$ 80,00
Maquiagem... ......... ......... ......... .R$ 50,00
Sapato...... ......... ......... ........... ....R$ 140,00
Depilação............. ......... ......... ....R$ 50,00
Mão e pé........... .......... ......... ......R$ 30,00
Perfume francês..... ...... ......... .....R$ 130,00 (se for o de 30 ml...)
Pílula anticoncepcional. ......... .......R$ 20,00

JOGANDO O VALOR PARA BAIXO, gastamos uns R$ 700,00. Entendem porquê o homem TEM QUE PAGAR A CONTA?

E antes de virem dizer que vocês também não nos entendem, segue logo a resposta:

'Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas.' (Vinicius de Moraes).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


Todos sentem necessidade de amar, e esta necessidade geralmente é satisfeita quando encontramos o objeto de nosso amor e com ele mantemos uma relação freqüente e feliz. Pois bem. Enquanto vamos juntinhos à feira escolher frutas e verduras, enquanto mandamos consertar a infiltração do banheiro e enquanto vemos televisão sentados lado a lado no sofá, o que fazemos com nossa necessidade de desejar?

Lendo Alain de Botton, um escritor inglês que já foi mencionado nesta coluna, deparei-me com essa questão: amor e desejo podem ser conciliáveis no início de uma relação, mas despedem-se ao longo do convívio. Só por um milagre você vai ouvir seu coração batendo acelerado ao ver seu marido chegando do trabalho, depois de vê-lo fazendo a mesma coisa há cinco, dez, quinze anos. Ao ouvir a voz dela no telefone, você também não sentirá nenhum friozinho na barriga, ainda mais se o que ela tem para dizer é “não chegue tarde hoje que vamos jantar na mamãe”. Você ama o seu namorado, você ama a sua mulher. Mais que isso: você os tem. Mas a gente só deseja aquilo que não tem.
O problema da infidelidade passa por aqui. Muitos acreditam que a pessoa que foi infiel não ama mais seu parceiro: não é verdade. Ama e tem atração física, inclusive, mas não consegue mais desejá-lo, porque já o tem. Fica então aquele vácuo, aquela lacuna, aquela maldita vontade de novamente desejar alguém e ser desejado, o que só é possível entre pessoas que ainda não se conquistaram. Não é preciso arranjar um amante para resolver o problema. Há recursos outros: flertes virtuais, fantasias eróticas, paqueras inconseqüentes. Tem muita gente aí fora a fim de entrar nesse jogo sem se envolver, sem colocar em risco o amor conquistado, porque sabe que a troca não compensa. Amor é jóia rara, o resto é diversão. Mas uma diversão que precisa ter seu espaço, até para salvar o amor do cansaço.
Necessidade de amar x necessidade de desejar. Os conservadores temem reconhecer as diferenças entre uma e outra. Os galinhas agarram-se a essa justificativa. E os moderados tratam de administrar essa arapuca.

Martha Medeiros

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Quanto tempo dura a felicidade de um pobre? Há quem diga que dura pouco.



A reportagem foi exibida no Fantástico em abril de 2007. “O que é felicidade?”, era o tema. E aparecia aquela mulher negra, tão magra como quem acaba de sobreviver a uma guerra, como quem sobrevive a guerra da vida. Uma típica nordestina, a cara do Brasil. A cena me tocou. Aquela pobre mulher gritava, chorava, ria, pulava... não nesta ordem, porque ela fazia tudo ao mesmo tempo. “Eu ‘to feliz! Eu ‘to muito feliz!”. Era um desespero de felicidade tão grande, tão intenso, que eu nunca vi na vida. O motivo? O filho da vendedora ambulante passou em um dos vestibulares mais concorridos do país. Passou em primeiro lugar. Mas acho que se passasse em último, a ambulante não se importaria. Tamanha a simplicidade daquela mulher que dizia que o filho, que passou em biomedicina, seria médico cardiologista.


Novamente o rapaz virou notícia: foi morto a tiros dentro da própria casa, segundo testemunhas, os assassinos procuravam vizinhos do rapaz, mas como ele não soube informar onde estavam, mataram o estudante.


Ironicamente a reportagem de 2007 iniciava com a seguinte pergunta:


Qual a maior felicidade que você já viveu?


Eu ia dizer que os papéis se inverteram, que a pergunta agora seria qual a maior tristeza que você já viveu? Mas isto é desnecessário diante da frase dita pelo estudante à época:


E é isso que eu acho que é a felicidade: é o objetivo alcançado a serviço da humanidade, a serviço do bem.”


Talvez o estudante negro e pobre pudesse ter alcançado mais objetivos neste mundo. Talvez pudesse ter feito algo em favor daqueles que interromperam sua trajetória de sucesso.


Mas quer saber? Viver para proporcionar às pessoas que amamos a maior felicidade que elas já viveram na vida, já deve valer muito a pena.


Viver a serviço do bem. A serviço da humanidade. Sabe quanto tempo dura? O tempo que o efeitos dos seus atos se refletirem no mundo. E isso é muito tempo.



sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Seja o que lhe for conveniente


Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse:

Que petulância te chamarem de Flor!

Veja sua pele áspera e a minha lisa e sedosa...

Seu cheiro desagradável e meu perfume sensual e envolvente.

Veja seu corpo grosseiro e o meu delicado e elegante... Eu, sim, sou uma flor!

E a couve-flor respondeu:

"Helloooowww! Querida, de que adianta ser tão linda, se ninguém te come ????

sábado, 18 de julho de 2009

Nem tudo o que parece, é!



Não só isso

Não sou só alegria, sou tristeza também
Não sou só amor, sou ódio também
Não sou só fé, sou descrença
Não sou só coragem, sou medo
Não sou só otimismo, sou pessimismo
Não sou só verdade, sou mentira
Não sou só amada, sou amante
Não sou só o teu ombro, preciso dele
Não sou apenas a flor, sou o espinho
Não sou só doçura, sou amarga
Não faço apenas o bem, faço o mal muito bem
Não sei cantar,
Não sei dançar,
Não sei o que quero,
Não sei o que fazer,
Não sei o que será,
Mas também não é só isso
Sei o que ganhei e o que perdi
Sei o quanto bati
Sei o quanto apanhei
Sei o quanto doeu
Sei que aprendi
Sei que a auto consciência vem antes da reflexão e que a atitude deve acompanhar as duas.
Sei também que agora é tarde
Mas será que sei mesmo?
Afinal não sou só sabedoria

domingo, 12 de julho de 2009

Eu odeio as músicas de RC...



Eu ouvi muitas músicas na minha infância regada a Xou da Xuxa, Balão Mágico, Trem da Alegria, Fofão, Vovó Mafalda, Bozo, etc... Mas quando eu estava começando a me entender por gente a trilha sonora mudou um pouco... Não por minha vontade, eu ainda curtia Sandy e Jr., mas meu tio começou a levar uma leva de crianças e eu para a escola. A trilha sonora era sempre a mesma, um programa de rádio: Roberto Carlos em detalhes. Foram cerca de 5 anos, por uns 30 minutos diários – nós éramos as ultimas a serem largadas na escola – escutando todo tipo de música de RC. Músicas de romance, em sua maioria, nem precisa comentar. Ontem, assistindo o especial de 50 anos de carreira de RC, percebi o quanto eu odeio essas músicas. Percebi o quanto elas me marcaram quando me peguei cantarolando “lady Laura”, como eu poderia lembrar dessa música?!!! Cheguei à conclusão que, aqueles 30 minutos diários de RC em detalhes nas primeiras horas da manhã fizeram de mim essa pessoa romântica que sou hoje (que eu não suporto)... Fizeram-me acreditar que o amor é como uma música de RC, que mesmo quando é triste é lindo... “Eu te proponho / Na madrugada / Você cansada / Te dar meu braço / No meu abraço /Fazer você dormir...” “Pois sem você meu mundo é diferente / Minha alegria é triste...” “Falando sério / É bem melhor você parar com essas coisas / De olhar pra mim com olhos de promessas / Depois sorrir como quem nada quer / Você não sabe / Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez / E tenho medo de fazer planos /De tentar e sofrer outra vez...” Odeio ter tantas músicas lindas na lembrança e ainda não ter alguém que mereça ser associado a tais músicas. Eu odeio ouvir RC e não lembrar ninguém especial a não ser minha infância... Tantas músicas lindas e ninguém na minha vida para dizer “essa é nossa música”. Porque, convenhamos, para merecer uma canção de RC, tem que ser muito especial. E, sem modéstia nenhuma, eu sou uma garota papo firme. Eu espero um dia ter “Braços que se abraçam / Bocas que murmuram / Palavras de amor / Enquanto se procuram...”, e dizer essa é nossa música. Senão, eu vou continuar odiando as músicas de RC e todo o romantismo que elas impregnaram em mim, e continuar ouvindo o programa de rádio – que existe até hoje – em detalhes...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dona Flor


Nem o excelente Jorge Amado, com toda a sua sapiência e astúcia, teve a coragem de ir tão longe. Se Jorge deu à Dona Flor dois maridos e muito trabalho, me explica agora, Amado, o que fazer quando são T-R-Ê-S os maridos? E um quarto querendo aparecer na história?
Haja criatividade, Flor!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Por que eu deveria ligar para ti?


Depois de sobreviver a mais um ano sem comemorar o fatídico dia 12 de junho. Depois que eu já havia desistido de ouvir o telefone tocar e não ser algum parente. Uma ligação inesperada, ou melhor, de tão cara de pau que foi a ligação, era de se esperar.

Oi.
Oooooi! Quanto tempo. (só por educação ou pra fingir surpresa)
Vais para aula hoje?
Sim.
Eu vou estar por lá a tarde. Me liga.
Beijo. Thau.

Me liga? Me liga?!!! Pode parar. Quem foi que disse que eu quero te ligar? Quem foi que colocou na tua cabeça que eu quero te ver? O que te fez pensar que eu te ligaria de volta?
Por que eu deveria te ligar? Agora que passou o feriadão. Agora que passou o dia dos namorados. Agora que eu sobrevivi a minha solidão.
Tu me ligas nesta terça-feira modorrenta... E pensas que A-G-O-R-A, em plena terça-feira modorrenta eu poderia querer te ver?!!!
Tua vida ficou vazia? Ah! Vai ver se eu estou lá na esquina. Para ti, minha vida está LOTADA.

Beijo. E se for me ligar, pense antes.

Será tempo de pegar ou desapegar?

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