sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Seja o que lhe for conveniente


Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse:

Que petulância te chamarem de Flor!

Veja sua pele áspera e a minha lisa e sedosa...

Seu cheiro desagradável e meu perfume sensual e envolvente.

Veja seu corpo grosseiro e o meu delicado e elegante... Eu, sim, sou uma flor!

E a couve-flor respondeu:

"Helloooowww! Querida, de que adianta ser tão linda, se ninguém te come ????

sábado, 18 de julho de 2009

Nem tudo o que parece, é!



Não só isso

Não sou só alegria, sou tristeza também
Não sou só amor, sou ódio também
Não sou só fé, sou descrença
Não sou só coragem, sou medo
Não sou só otimismo, sou pessimismo
Não sou só verdade, sou mentira
Não sou só amada, sou amante
Não sou só o teu ombro, preciso dele
Não sou apenas a flor, sou o espinho
Não sou só doçura, sou amarga
Não faço apenas o bem, faço o mal muito bem
Não sei cantar,
Não sei dançar,
Não sei o que quero,
Não sei o que fazer,
Não sei o que será,
Mas também não é só isso
Sei o que ganhei e o que perdi
Sei o quanto bati
Sei o quanto apanhei
Sei o quanto doeu
Sei que aprendi
Sei que a auto consciência vem antes da reflexão e que a atitude deve acompanhar as duas.
Sei também que agora é tarde
Mas será que sei mesmo?
Afinal não sou só sabedoria

domingo, 12 de julho de 2009

Eu odeio as músicas de RC...



Eu ouvi muitas músicas na minha infância regada a Xou da Xuxa, Balão Mágico, Trem da Alegria, Fofão, Vovó Mafalda, Bozo, etc... Mas quando eu estava começando a me entender por gente a trilha sonora mudou um pouco... Não por minha vontade, eu ainda curtia Sandy e Jr., mas meu tio começou a levar uma leva de crianças e eu para a escola. A trilha sonora era sempre a mesma, um programa de rádio: Roberto Carlos em detalhes. Foram cerca de 5 anos, por uns 30 minutos diários – nós éramos as ultimas a serem largadas na escola – escutando todo tipo de música de RC. Músicas de romance, em sua maioria, nem precisa comentar. Ontem, assistindo o especial de 50 anos de carreira de RC, percebi o quanto eu odeio essas músicas. Percebi o quanto elas me marcaram quando me peguei cantarolando “lady Laura”, como eu poderia lembrar dessa música?!!! Cheguei à conclusão que, aqueles 30 minutos diários de RC em detalhes nas primeiras horas da manhã fizeram de mim essa pessoa romântica que sou hoje (que eu não suporto)... Fizeram-me acreditar que o amor é como uma música de RC, que mesmo quando é triste é lindo... “Eu te proponho / Na madrugada / Você cansada / Te dar meu braço / No meu abraço /Fazer você dormir...” “Pois sem você meu mundo é diferente / Minha alegria é triste...” “Falando sério / É bem melhor você parar com essas coisas / De olhar pra mim com olhos de promessas / Depois sorrir como quem nada quer / Você não sabe / Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez / E tenho medo de fazer planos /De tentar e sofrer outra vez...” Odeio ter tantas músicas lindas na lembrança e ainda não ter alguém que mereça ser associado a tais músicas. Eu odeio ouvir RC e não lembrar ninguém especial a não ser minha infância... Tantas músicas lindas e ninguém na minha vida para dizer “essa é nossa música”. Porque, convenhamos, para merecer uma canção de RC, tem que ser muito especial. E, sem modéstia nenhuma, eu sou uma garota papo firme. Eu espero um dia ter “Braços que se abraçam / Bocas que murmuram / Palavras de amor / Enquanto se procuram...”, e dizer essa é nossa música. Senão, eu vou continuar odiando as músicas de RC e todo o romantismo que elas impregnaram em mim, e continuar ouvindo o programa de rádio – que existe até hoje – em detalhes...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dona Flor


Nem o excelente Jorge Amado, com toda a sua sapiência e astúcia, teve a coragem de ir tão longe. Se Jorge deu à Dona Flor dois maridos e muito trabalho, me explica agora, Amado, o que fazer quando são T-R-Ê-S os maridos? E um quarto querendo aparecer na história?
Haja criatividade, Flor!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Por que eu deveria ligar para ti?


Depois de sobreviver a mais um ano sem comemorar o fatídico dia 12 de junho. Depois que eu já havia desistido de ouvir o telefone tocar e não ser algum parente. Uma ligação inesperada, ou melhor, de tão cara de pau que foi a ligação, era de se esperar.

Oi.
Oooooi! Quanto tempo. (só por educação ou pra fingir surpresa)
Vais para aula hoje?
Sim.
Eu vou estar por lá a tarde. Me liga.
Beijo. Thau.

Me liga? Me liga?!!! Pode parar. Quem foi que disse que eu quero te ligar? Quem foi que colocou na tua cabeça que eu quero te ver? O que te fez pensar que eu te ligaria de volta?
Por que eu deveria te ligar? Agora que passou o feriadão. Agora que passou o dia dos namorados. Agora que eu sobrevivi a minha solidão.
Tu me ligas nesta terça-feira modorrenta... E pensas que A-G-O-R-A, em plena terça-feira modorrenta eu poderia querer te ver?!!!
Tua vida ficou vazia? Ah! Vai ver se eu estou lá na esquina. Para ti, minha vida está LOTADA.

Beijo. E se for me ligar, pense antes.

domingo, 14 de junho de 2009

Problema resolvido ou problemas começando?


Ano passado ganhei a almofada de dia dos namorados.
Este ano, a rosa.
Há quem diga que esse santo quer reza...


sábado, 13 de junho de 2009

Saudade: pra não morrer de, prefiro mata-la.





“Te ver e não te querer, é improvável é impossível.”

Um desejo irresistível.
Coragem, vontade, necessidade, de transgredir.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Minha história de amor


11 de junho de 2009... Amanhã é o dia. E eu aqui, desejando um príncipe da Disney mas só me mandam o Sherek... o fim da história só poderia ser esse. Mas alguém tem que ser feliz para sempre e eu espero, e faço o que posso, para que esse alguém seja eu.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O primeiro beijo


Fiz parte de um grupo que guardou o primeiro beijo para uma pessoa especial. Mentira. Eu era o patinho feio do grupo e quando todas as outras meninas já tinham beijado, eu continuava BV. A situação piorou quando eu coloquei aparelho nos dentes. Agora mesmo é que eu não iria beijar ninguém!!! Então sobrou muito tempo para eu sonhar com o primeiro. Por que meninas têm essa mania de lembrar-se das primeiras coisas? Eu sempre tive essa consciência, por isso queria que o primeiro beijo fosse especial, para lembrar com carinho. Enfim, aconteceu. Não foi em noite de lua, porque em Belém chove horrores. Não foi num lugar legal, porque eu era uma adolescente lisa e o outro também. Não foi com o grande amor da minha vida por motivos óbvios.
Lá se passaram os anos e o que me fez lembrar esse assunto, foi porque o meu primeiro beijo, recentemente, resolveu sair do armário e declarar sua homossexualidade. Até ai tudo bem, já faz tanto tempo. Não seria nada se não fossem as evidências passadas, aqueles comentários de todo mundo “mas ele já sabia disso há muito tempo”... “mas ele já tinha um namorado desde adolescente”... Parece que tudo indicava que ele sempre gostou de meninos e só eu achava que ele gostava era de mim. Será? Me responde, por favor, foi especial só pra mim? Quando tu disseste que gostava de mim, era verdade? Tu me beijaste querendo mesmo era estar com outra pessoa? Eu fui só um teste? Tu lembras que me beijaste? Tu lembras de mim?!!!
A pessoa madura que existe dentro de mim já desapegou de ti há muito tempo. Mas a menina insiste em apegar-se a lembrança de um momento. Então me diz, por favor, que aquele momento foi especialmente recíproco...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

E é por um homem assim que uma mulher se perde


A primeira vez que li “O primo Basílio” do fantástico Eça de Queirós, uma frase ficou impregnada na minha imaginação e nunca mais saiu. A frase saiu do pensamento da heroína após mais uma cena de puro desdém por parte de Basílio. “E é por um homem assim que uma mulher se perde!”. Égua! Mais de um século após ter sido escrita, essa frase sempre me faz lembrar uma porção de Basílios por quem, diariamente, eu e minhas seletas, inteligentes, lindas e refinadas amigas nos perdemos. É por um homem assim que uma mulher se perde me leva, inevitavelmente, a pensar naqueles cafajestes, que dizem exatamente o que nós queremos ouvir, sabem o lugar certo para fazer um carinho, abraçam como se nós fossemos o último salva-vidas em um navio naufragando, são inteligentes de uma forma interessantemente louca, tem todo aquele sex appeal, aquela confiança no próprio taco... aiiii!!! Esses cafajestes nos fazem subir às alturas, só para depois cairmos sem pára-quedas aos pés deles. Safados até a alma. Infames. Ingratos. Absurdamente interessantes. Misteriosos. É por um homem assim que uma mulher se perde! Como entendo Luísa! Como eu e mais uma dezena de amigas continuamos nos perdendo pelos Basílios da vida. Nos perdemos MARAVILHOSAMENTE! E, dependendo do caso, não dá vontade de ser achada... Se é por um homem assim que uma mulher se perde, acho que estou querendo me perder...

Um papo virtual


A- Juntando todos não dá meio!
Um bando de homem merda que eu tenho.
Dois são sem graça e o mais interessante é safado (do meu ponto de vista) até a alma.
Estou decidida a permanecer solteira por tempo indeterminado.
B- Não tem jeito a gnt jura q só vai se jogar aos pés do homem certo
mas ai aparece aquele errado MARAVILHOSO... e fudeu tudo!


DESAPEGUE VOCÊ TBM!!!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Amores plutônicos


Eu tive amores plutônicos. Não, não, não estou ficando louca, muito menos assassinando a língua portuguesa. Explico: eu tive vários, mas vários, amores platônicos, mas eles eram tão platônicos que chegavam a ser de outro planeta. Isso na época em que Plutão ainda era um planeta e não um plutóide... Então eu decidi que meus amores eram plutônicos, batizei-os assim.
Eles só existiam na minha cabeça. E eu vivia com a cabeça em outro planeta, mesmo que depois viesse a descobrir que era um planeta anão.
Talvez meus amores remotos não merecessem ser comparados a um planeta anão. Porque eu achava que eles eram grandes, merecedores de anéis e satélites, missões espaciais e tudo mais. Eram lindos. Distantes. Bem distantes. Eu viajava nesses amores. E eu os amava assim, bem longe.
Meu último amor plutônico foi meu professor de física no ensino médio (ou foi o professor de português???) .
Depois chegou a época dos amores terráqueos. Aterrissei. Literalmente. Como uma turista: na foto é tudo muito lindo, mas quando chega lá... não sei... tem alguma coisa que não bate. No meu caso, descobrir que o tão esperado, tão sonhado, tão guardado e aguardado, romântico primeiro beijo foi dado num menino que gostava de meninos e eu não sabia. Foi uma verdadeira “boas vindas ao planeta Terra”.
Agora estou com saudades de um amor plutônico... Ele vive longe, é claro. É, talvez eu não tenha me dasapegado dessa hábito.

quinta-feira, 7 de maio de 2009




Controlar ou ceder?
Ceder ou temer?
Pegar ou desapegar?

domingo, 3 de maio de 2009


o novo, o atípico ou o proibido?
o que é melhor?
na dúvida pego um pouco de tudo
e desapego de tudo um pouco.


DESAPEGUE VC TBM!!!!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Desapeguei de você


Meu bem, hoje eu decidi desapegar-me de ti. Nada pessoal. Faz parte do meu ritual matinal: todo dia de manhã eu penso “ hoje eu vou me desapegar de tal coisa...”. Desapego-me de uma idéia, de uma opinião, de idade, de endereço, de emprego... Desapego-me de amigos, de amores e até mesmo de parentes.
Chegou sua vez. O tempo virou.
Como diria o poeta: só alcançamos até onde nossos braços chegam e só vemos até onde chega nosso olhar. É preciso que uns sejam demitidos para que outros ocupem seu lugar. Que alguns amigos do peito vão embora para que sintamos necessidade de ter outros amigos tão queridos. Que alguns amores terminem para que outros comecem. Que nós morramos para que outra geração nasça. E a vida continua nesse eterno desapego.
E hoje eu vou me desapegar de você. Vou continuar andando, crescendo e evoluindo. Sei que o mesmo vai acontecer contigo. Eu estou me tornando desimportante pra ti, hoje eu já não tenho a mesma importância na tua vida como eu deveria ter há uns dois anos. Tu também já não és importante para mim, é uma página que eu estou virando. E virando bem.
Que posso dizer mais? Obrigada pelos bons momentos de (a)pegação.
Vai em paz meu ex-ente querido...

segunda-feira, 13 de abril de 2009



Desapegar!
Aprendi a dizer "e daí?".
Sim, aprendi!
Desapegar = desprendimento
Assim sigo.
Ao longo da estrada...
Parando apenas para apreciar as estrelas e o luar
E também para colher frutas maduras.
Somente.
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